Startups, ciência e inovação na saúde: 2nd Meeting Case Western University & Hospital Albert Einstein

A Polo BPM com sua iniciativa para Gestão de Centros de Pesquisa Clínica, Polo Trial, esteve presente como convidada no stand da Eretz.bio, incubadora de startups do Hospital Albert Einstein, no “2nd Meeting Case Western University & HIAE – Building a Global Partnership in Health Education, Research and Innovation“, realizado na cidade de São Paulo pelo Hospital Albert Einstein e a Case Western Reserve University. O evento ainda marcou a comemoração dos 20 anos do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein promovendo a inovação e a ciência no setor de saúde.
Para a Polo BPM foi uma oportunidade valiosa para mostrar a importância da Gestão e Tecnologia aplicada à área da saúde para profissionais e cientistas altamente qualificados, sobretudo àqueles dedicados à pesquisa clínica. Os principais pontos discutidos em conversas diretas e nos workshops apontam para:
  • A Gestão, apesar de ter a sua importância amplamente difundida no setor de saúde, tem relevância especial neste momento de transformação digital e disrupção. Para poder se engajar neste empreitada será necessário ter disponibilidade de recursos e alocá-los de forma assertiva.
  • Para alocar recursos com inteligência é necessário dados. Porém, não qualquer tipo de dado. É necessário que estes dados estejam organizados, qualificados, centralizados, continuamente coletados/capturados e passíveis de serem trabalhados por recursos modernos de Machine Learning, Inteligência Artificial e Big Data.
  • A abordagem Gestão + Dados pode não ser o suficiente para mudar paradigmas persistentes dentro das organizações de saúde. Os gestores de saúde precisam consentir com esta abordagem e mitigar processos decisórios que fogem de uma visão científica da condução organizacional.
  • É este o caminho (e a oportunidade) para o Brasil se aproximar das referências internacionais em gestão da saúde. Em suma, quem está atrás precisa ser ainda mais efetivo na alocação de recursos.
  • Dados, agilidade, novos paradigmas, Machine Learning, IA, tecnologias disruptivas entre outros tópicos correlatos ficam cristalinos e ganham vida nas soluções propostas pelas startups.Há ótimos exemplos em todas as frentes da saúde e em todas as especialidades.
No mais, o evento intercalou apresentações de papers científicos e cases de Startups. A sinergia entre ambos ficou evidente por terem pessoas trabalhando com objetivos em comum, compartilhando soluções e conhecimento que estão na fronteira das melhores práticas.

 

Autor: Luiz Ricardo Brito Ribeiro

Economista de formação e profissional especializado em Gestão por Processos (BPM) e Projetos. É consultor na Polo BPM e vem atuando junto aos gestores nas transformações organizacionais necessárias para um mundo mais conectado, dinâmico e centrado na geração de valor .

 


 

Gestão por Processos: fortalecendo os elos da Pesquisa Clínica no Brasil

Nesta última semana a equipe da Polo BPM ficou dedicada a eventos sobre pesquisa clínica e inovação em saúde:

  • “Ética e Pesquisa em Seres Humanos: Normas e Procedimentos” na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP;
  • “Ciência Tecnologia e Inovação 2017”  do Ministério da Saúde – onde conduzi uma roda de conversa sobre BPM e Gestão de Pesquisa Clínica – veja aqui a apresentação; e
  • “Clinical Research in Brazil: not for beginners” promovido e realizado pela Faculdade de Medicina de Botucatu e seu Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica.

No decorrer das falas dos participantes em todos os eventos, a palavra “PROCESSOS” foi pronunciada inúmeras vezes e me chamou bastante a atenção o reconhecimento da relevância deste tema para o avanço da pesquisa clínica e das inovações em saúde.
Faço aqui um resumo do entendimento de como BPM (Business Process Management) pode ajudar neste ambiente em que o número de pesquisas nacionais e internacionais cresce juntamente com o aumento da exigência por mais qualidade, segurança e agilidade regulatória.

 

Os atores

Primeiro é preciso entender, de forma sucinta, os atores envolvidos na pesquisa clínica:

  • Proponente: aquele que busca desenvolver um novo estudo clínico, podendo estar vinculado a uma indústria nacional ou multinacional, ou ainda a um centro de pesquisa público ou privado, geralmente representado por universidades ou hospitais e clínicas;
  • Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): Agência pública responsável pela avaliação, aprovação e vigilância sanitária das pesquisas realizadas no Brasil;
  • Sistema CEP/Conep (Comitê de Ética em Pesquisa e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa): responsável pela aprovação ética da pesquisa, tendo na Conep a centralização da avaliação de pesquisas nas áreas temáticas e análises especiais e a descentralização nos vários CEPs;
  • Centro de Pesquisa: instituição que vai conduzir a pesquisa e realizar a coleta de dados junto aos participantes.

 

Os desafios

Entender, melhorar e gerenciar processos foi uma necessidade apontada para cada um desses atores internamente e na interação entre eles, especificamente nos seguintes pontos:

  • Melhorar os processos da Anvisa e CEP/Conep para avaliação de pesquisa (embora já venham realizando esforços que apresentam sensível melhora nos tempos de resposta);
  • Melhorar os processos dos centros de pesquisa para que respondam mais rapidamente a pendências do sistema regulador e estejam preparados para iniciar a condução das pesquisas quando da sua aprovação;
  • Necessidade de o proponente conhecer os processos de submissão e aprovação regulatória nacional;
  • Necessidade de o proponente na filial nacional (quando for o caso) entender os processos de P&D da matriz global para poder responder mais rapidamente a pendências regulatórias nacionais;
  • Otimizar o processo de relacionamento entre entidades públicas e privadas para minimizar a lentidão e burocracia;
  • Ter uma plataforma computacional que controle os processos. Hoje a Plataforma Brasil, sistema de controle de aprovação ética, não atende por completo as necessidades dos atores, faltando, além de melhora na usabilidade, integração com Anvisa e geração de relatórios, por exemplo.
  • Além disso, uma nova necessidade foi apresentada pelos envolvidos no setor: a criação de uma ferramenta de gestão dos processos do centro de pesquisa adaptada à realidade brasileira e que faça gestão dos processos sob o ponto de vista do centro, reforçando o valor e a inovação da Polo Trial, sistema de gestão de centros de pesquisa, na área da pesquisa clínica no Brasil com transformação digital.

Embora não dito explicitamente, adiciono a esta lista a necessidade de se entender, difundir e melhorar o processo de ponta a ponta (desde a necessidade até a plena satisfação de uma demanda) ou seja, desde a intenção da condução de uma nova pesquisa no Brasil, submissão, resolução de pendências, aprovação, início, condução até sua completa finalização.

BPM: fortalecendo a cadeia

Assim, fica claro que BPM é uma disciplina chave para a Gestão de Pesquisa Clínica e que deve ir além de ‘apenas’ o mapeamento de processos difusão de seus conceitos, técnicas e práticas para a gestão do dia a dia.
O Brasil precisa se preparar para atender a uma crescente demanda internacional E NACIONAL (com a melhoria da qualidade de universidades, pesquisadores e centros de pesquisa) por desenvolvimento, teste e incorporação de novas tecnologias em saúde. Para que isto ocorra, é preciso fortalecer cada elo desta corrente, capacitando pessoas, conhecendo, analisando e propondo melhorias nos processos e no relacionamento entre eles.
Este é um momento de grandes transformações e crescimento no cenário da pesquisa clínica no Brasil e aprimorar a qualidade, performance e credibilidades da sua organização é fundamental. A Polo BPM busca contribuir com isso por meio de consultoria e treinamento em Gestão por Processos e com a plataforma Polo Trial. Seja parte desta mudança!

Em qual parte deste elo você está? Qual a sua dor? Comente e nos ajude a discutir este tema!

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